Categoria: Publicações

A exploração e produção de óleo e gás (O&G) desempenha um papel essencial na economia nacional e internacional. No entanto, muitas instalações de óleo O&G estão próximas do final do ciclo de vida, que inclui as fases de aquisição, exploração, perfuração, produção e descomissionamento. A quantidade de projetos de descomissionamento offshore no setor de O&G vem crescendo consideravelmente e implica na participação de diferentes stakeholders. O mercado mundial conta com uma previsão de investimento bilionário em projetos de descomissionamento até 2030. Dito isto, a pesquisa tem como objetivo analisar a perspectiva dos stakeholders brasileiros em relação ao descomissionamento offshore no setor de óleo e gás. Para isso, a pesquisa adota o método de estudo de caso como base para execução de um workshop com a presença de stakeholders em descomissionamento no Estado do Rio de Janeiro. Os resultado são: (i) desconforto por parte dos stakehoders quanto a regulamentação e normas, (ii) diversidade de associações entre as áreas ambiental, econômica, saúde e segurança, social e técnica, (iii) preocupação com a diretrizes sustentáveis e iv) ausência de conhecimento técnico sobre as oportunidades de mercado de reciclagem. Como pesquisa futura, sugere-se uma nova análise da perspectiva dos stakeholders do Estado do Rio de Janeiro e execução de workshops de descomissionamento em outros Estados brasileiros para fins comparativos.

Coal Tar coatings were extensively utilized from the 1960s to around 1990 to waterproof offshore oil facilities, such as pipelines, and shield them from corrosion. However, in the 2000s, Coal Tar was found to be linked with a significant release of polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) into the environment, prompting a decline in its usage. evertheless, numerous aging oil structures coated with Coal Tar persist on the seabed. As these facilities near the end of their service life, a pivotal question emerges: does this mass of weathered Coal Tar coating still pose a risk to marine life? In response to these concerns, this overview explores the scientific understanding of Coal Tar and its toxic components degradation in seawater. Our objective is to foster discussions regarding decommissioning options that mitigate environmental harm, underscoring the crucial necessity of valuating the effects of prolonged exposure to Coal Tar in marine ecosystems, articularly within the context of the left in situ (LIS) approach. We seek to heighten awareness among the academic community and project operators responsible for decommissioning initiatives about the gravity and complexity of this issue. Keywords: coal Tar, corrosion, offshore pipelines, petroleum.

O setor siderúrgico possui um papel crucial para a descarbonização do setor industrial, pelo fato do aço ser um dos materiais mais utilizados e aos processos energo-intensivos normalmente existentes nesse tipo de indústria, responsáveis por grandes quantidades de emissão de gases de efeito estufa (GEE). A Economia Circular emerge como uma alternativa para esse setor, especialmente do ponto de vista da estratégia de reciclagem, por meio da utilização da sucata na produção de aço. Parte da sucata necessária para a descarbonização do setor siderúrgico no Brasil pode ser obtida como resultado dos processos de descomissionamento da indústria de Óleo e Gás (O&G), ainda mais se for considerado que muitos campos e plataformas brasileiros encontram-se em final de vida útil e caminhando para fases de desativação. Neste contexto, o objetivo deste artigo é quantificar o potencial de geração de sucatas de aço e das emissões evitadas, em kg CO2-Eq, proveniente de equipamentos submarinos descomissionados do setor de O&G. Para isso, realizou-se o mapeamento do potencial de equipamentos descomissionados do setor de O&G no Brasil, a partir da busca de dados contidos nos Projetos de Descomissionamento de Instalações (PDIs) disponíveis no site da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a classificação dos equipamentos em dutos rígidos, flexíveis, umbilicais e cabos elétricos. Como resultado, chegou-se a 6.253 toneladas de sucatas metálicas com potencial de serem reaproveitadas e
aproximadamente 9.380 ton de CO2.Eq evitadas. O artigo traz como principal contribuição científica primeiros números, passos e uma metodologia para se contabilizar essas emissões com foco no setor de O&G, que ainda é pouco explorado, principalmente no Brasil.

The lifecycle of offshore oil and gas installations has reached an age at which many need to be decommissioned. The challenges are many, as both the types of structures and the marine environments in which they occur are diverse. We present the framework of a method for assessing the environmental impacts of the decommissioning activities of oil and gas structures, focusing on the characteristics of the Brazilian installations, its marine ecosystems, and legislation particularities. The magnitude of the environmental pressures is derived from the technical features of the decommissioning process and uses, as much as possible, quantitative indicators with continuous or discrete scores. Environmental sensitivity, which is also expressed in numerical scores, is based on the component sensitivity and the presence of species threatened with extinction within the area of influence of the decommissioning activity. The objectivity sought in our approach makes the decommissioning process more transparent and traceable from the planning to its execution. This is likely to minimize conflicts among stakeholders and to smooth the licensing process by the regulatory environmental authorities. Moreover, the approach described here for subsea structures may be transferred to decommissioning other structures, advancing towards a unified method for the whole oil and gas sector.

O descomissionamento no Brasil enfrenta desafios no que tange à desativação segura e eficiente das instalações industriais, considerando riscos ambientais, de segurança e saúde das partes interessadas. Os órgãos governamentais e a Agência Nacional de Petróleo (ANP) têm estabelecido regulamentações e diretrizes a fim de orientar as empresas na execução de projetos, visando, dentre eles, a preocupação com a saúde e segurança dos trabalhadores (DELGADO, MICHALOWSKI, 2021). O Brasil, por ser um dos maiores produtores de petróleo e gás natural mundial, apresenta diferentes cenários econômicos, ambientais e geográficos, os quais devem ser analisados de forma singular (MUNIZ, 2020). Associar o descomissionamento a metodologias de gestão de riscos operacionais pode trazer benefícios na economia de recursos, segurança dos trabalhadores, conformidade regulatória, eficiência operacional, inovação tecnológica, avaliação de cenários futuros e a transparência e responsabilidade entre partes interessadas e a sociedade em geral. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo realizar uma análise comparativa dos dados do critério Saúde e Segurança Ocupacional através do uso de uma metodologia de análise multicritério para definição das melhores alternativas de descomissionamento, utilizando dados apresentados pelo SAFETEC (Safety and Environmental Technology) e pelo CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) no contexto da análise de riscos ocupacionais. Tal estudo foi executado para análise do descomissionamento de equipamentos submarinos em uma plataforma submersível de exploração de óleo gás, localizada na costa brasileira.

Fonte: Ambiental Mercantil Notícias
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O descomissionamento de instalações de produção offshore de óleo e gás (O&G) é a última etapa do ciclo de vida produtivo de um campo. Com o aumento das preocupações ambientais e a busca por práticas sustentáveis, apresenta-se a necessidade de desenvolver abordagens para a execução das operações desta fase final do empreendimento que estejam adequadas a estes parâmetros.